João Moutinho respondeu de forma seca e concisa às atitudes e palavras de Carlos Queiroz durante e após o jogo com o Irão.
Antes de o médio português entrar em campo, as televisões mostraram o antigo selecionador a aproximar-se do antigo pupilo, parecendo dizer-lhe algo ao ouvido, enquanto o abraçava. Questionado sobre o caso, na zona mista, Moutinho perguntou "quem?", não se alongando sobre o assunto: "Não vi, nem reparei. Estava concentrado em entrar. Não vi."
Queiroz queixou-se de que somente quatro jogadores lusos o tinham cumprimentado, citando os nomes, entre os quais não se encontrava Moutinho. Nova resposta curta do médio: "Fui para o controlo anti-doping. Não o vi. Não tenho mais nada a dizer sobre isso."
Um vermelho e dois penáltis
Quando aos protestos de Queiroz, que reclamou cartão vermelho para Ronaldo, num lance com um jogador iraniano, Moutinho discordou.
"Para mim, não é cartão vermelho. Penso que ele tenta meter o braço para ir à bola, que estava mais à frente, e o jogador acabou por fazer um pouco de fita, um pouco daquilo que tinha de fazer e o árbitro decidiu dar o cartão amarelo. São decisões que competem ao árbitro, como decidiu assinalar o penálti que acho que é duvidoso", disse o médio português.
Sobre o jogo, Moutinho admitiu que a seleção estava à espera de ter a bola e ter de conter os contra-ataques do Irão. "Acho que conseguimos controlar bem isso e chegar à vantagem", referiu. O penálti falhado por Ronaldo e aquele que o Irão concretizou "tramaram" Portugal.
O Uruguai é o rival que se segue e Moutinho já avisou que "as equipas sul-americanas lutam bastante e dão tudo dentro de campo". "Como nós temos de fazer", assinalou. "Vai ser um jogo extremamente difícil, mas temos capacidade para passar. É esse o nosso objetivo", acrescentou.