Sexta-feira, 17 de novembro de 2017
Na verdade, deixando respirar o Evangelho, e sentindo-lhe o calor, o odor e o vivo pulsar, vemos bem que Jesus não nos deixou palavras mortas, para nós guardarmos cuidadosamente em latas de conserva, deitadas e adormecidas num caldo de azeite rançoso, como se fossem múmias. Jesus não nos deixou palavras de conserva, para nós as mantermos congeladas por milhares de anos, mas deu-nos palavras vivas e ardentes, a saltar, para servir já, e para nos alimentar. Neste nosso mundo líquido e escorregadio, habitado por sete biliões de solidões, precisamos mais do que nunca das palavras de Jesus, para se fazer luz, e para podermos outra vez colher a esperança com as nossas mãos rugosas, como se fossem sementes ou grãos que semeamos, e de cujo chão pode nascer um mundo novo.
Senhor Jesus, neste tempo embaciado de novembro, senta-nos à tua mesa, e serve-nos o teu pão que enche de paz o coração.
Senhor Jesus, neste tempo embaciado de novembro, senta-nos à tua mesa, e serve-nos o teu pão que enche de paz o coração.