A peregrinação internacional de julho ao Santuário de Fátima terminou com apelos contra à “resignação e indiferença” perante os “rostos do mal” que marcam hoje o mundo.
Na homilia da Eucaristia de encerramento da peregrinação, o bispo auxiliar do Porto, D. António Azevedo, exortou esta sexta-feira os peregrinos de Fátima a terem esperança no futuro e a não se resignarem perante os males do mundo.
Lembrando que “nunca, como hoje, o mundo teve ao seu dispor uma tão grande variedade de meios, desde as novas tecnologias aos bens de consumo,” o bispo apontou que “paradoxalmente, abundam sinais de destruição e desperdício” e “existe medo e desespero,” a ponto de alguns já terem perdido “o gosto e a alegria de viver.”
Todavia, considerou o prelado, “diante do rosto do mal, tenha ele o nome de guerra ou terrorismo, violência ou exclusão, abandono ou solidão, injustiça ou corrupção, precisamos de esperança, de continuar a sonhar e a acreditar.” “Não podemos cair na resignação, na indiferença, muito menos na banalização do mal, nem podemos remeter-nos ao individualismo ou comodismo fáceis,” exortou D. António Azevedo.
Para reencontrar o sentido da esperança e da alegria, defendeu o bispo auxiliar do Porto, “importa pôr-se à escuta do Senhor para saber o que Ele nos diz e estar disponível para o pôr em prática.” Porque, acrescentou o prelado, “a janela de esperança que Deus nos abre não dispensa a nossa oração e a nossa ação” e “o compromisso de fazer o bem no nosso quotidiano é essencial para que a esperança seja legítima.”
A Nossa Senhora de Fátima, o bispo pediu proteção para todos os peregrinos e suas famílias, pois, “em Fátima, Maria renova a nossa fé para vencer os males que existem em nós ou à nossa volta e dá-nos um espírito de paz e de alegria.”