Cova da Moura. Uma das acusadas não estava na esquadra durante alegadas agressões
13-07-2017 - 07:33
 • Ana Rodrigues

Sub-comissária Ana Hipólito comandava 64ª esquadra de Alfragide e garante que nesse dia não entrou nas instalações da outra esquadra onde as alegadas agressões aconteceram.

A sub-comissária da PSP Ana Hipólito - incluída na lista de 18 acusados pelo Ministério Público - não fazia parte da esquadra onde ocorreram os alegados maus tratos aos seis jovens da Cova da Moura, nem esteve nas instalações no dia dos acontecimentos.

A informação é avançada à Renascença por fontes policiais.

A sub-comissária, actualmente colocada em Matosinhos, comandava, na altura, a 64ª esquadra de Alfragide, e garante, que nesse dia, não entrou nas instalações da Esquadra de Intervenção e Fiscalização Policial (localizada na mesma rua da 64ª esquadra), onde as alegadas agressões aconteceram.

Em causa estão 18 elementos da PSP, acusados por denúncia caluniosa, injúria, ofensa à integridade física e falsidade de testemunho. O caso remonta a 5 de Fevereiro de 2015 e que envolveu agressões a jovens da Cova da Moura na esquadra de Intervenção e Fiscalização Policial, em Alfragide, concelho da Amadora.

Na altura dos acontecimentos, a PSP relatou que um grupo de cerca de 10 jovens tentou invadir o local, na sequência da detenção de um jovem que atirou uma pedra contra uma carrinha policial, tendo depois os restantes jovens, com idades entre os 23 e 25 anos, tentado invadir a esquadra.

A acusação defende que os elementos da PSP espancaram, ofenderam a integridade física e trataram de forma vexatória, humilhante e degradante as seis vítimas, além de incitarem à discriminação, ao ódio e à violência por causa da raça.