Brasil. Polícia desaconselha passagem pela Rocinha
17-09-2017 - 20:16

Estará a decorrer um tiroteio entre quadrilhas numa das favelas do Rio de Janeiro.

A Polícia Militar do Rio do Janeiro emitiu um alerta desaconselhando a passagem pela favela da Rocinha, devido a um intenso tiroteio entre quadrilhas de criminosos que disputam pontos de venda de droga.

Os incidentes começaram na sexta-feira e terão resultado na morte de cinco pessoas. Neste domingo surgiram nos meios de comunicação do Rio de Janeiro relatos da morte de, pelo menos, mais uma pessoa.

"Conflitos entre traficantes de Rocinha. Evite a região", preveniu hoje a polícia militar do Rio na sua conta de Twitter.

Segundo relatos dos "media" locais, os habitantes da comunidade da Rocinha acordaram esta manhã com o som de um forte tiroteio, que se prolongou durante horas. A inquietação estendeu-se à zona sul da cidade, onde ficam situados alguns dos seus pontos turísticos mais conhecidos, como Copacabana, Ipanema, Leblon e São Conrado.

Nas redes sociais, muitos dos 70 mil habitantes da comunidade publicaram vídeos nos quais é possível ouvir o som dos disparos e ver homens armados que correm pelas ruas.

Diversos helicópteros das forças da ordem sobrevoam São Conrado, no sopé da Rocinha, junto à maior entrada na comunidade, onde em tempos existiu uma das maiores "bocas de fumo" (ponto de venda de drogas) do Rio de Janeiro.

A polícia acredita que os incidentes se devem a uma guerra entre quadrilhas pelo controle das "bocas de fumo". No Morro do Juramento, situado numa zona oposta da cidade, foram encontrados os corpos de cinco vítimas mortais após o tiroteio de sexta-feira.

Segundo o Instituto de Segurança Pública, o Rio registou neste semestre o nível mais alto de violência desde 2009, com 3.457 homicídios, um aumento de 15% em relação a igual período do ano passado.

O sentimento de insegurança é agravado pela situação catastrófica das finanças do Estado do Rio de Janeiro. À beira da falência, o Estado está a pagar o salário com meses de atraso aos funcionários públicos, nos quais se incluem os polícias.