​Professores admitem fazer “grande manifestação nacional” ou até greve
18-04-2017 - 11:25

Fenprof volta à rua. Cerca de dois mil professores são esperados na tarde desta terça-feira, em Lisboa, num protesto contra o congelamento das carreiras.

O secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (FENPROF), Mário Nogueira admite fazer uma “grande manifestação nacional” ou até convocar uma greve no sector.

Em entrevista ao programa Carla Rocha – Manhã da Renascença, o sindicalista garante que os professores “admitem todas as formas de luta”.

“Nós estamos a fazer reuniões e plenários com os colegas e uma grande manifestação nacional ou o recurso à greve estão em cima da mesa, porque nós achamos que aquilo está a ser exigido é absolutamente justo e que não tem só a ver com os professores. Tem também muito a ver com as condições com que os nossos alunos nas escolas conseguem aprender”, diz Mário Nogueira.

Uma das principais reivindicações está relacionada com o descongelamento das carreiras.

A FENPROF acusa o Governo de estar a adiar decisões, entre elas o descongelamento de carreiras, que agora deverá acontecer só depois de 2019, diz Nogueira.

“Temos um Governo que disse, em primeiro lugar, que descongelaria em 2017 e depois acertou e ajustou para 2018. E agora é com alguma surpresa que nós verificamos não apenas na comunicação social mas nas reuniões do Ministério das Finanças que vai começar em 2018 e vamos ver quem muda em 2018”, lamenta Mário Nogueira.

“As pessoas estão a trabalhar. Este Governo está a ser igual ao anterior que está adiar para uma data que poderá ser posterior a 2019”, remata.

Esta terça-feira, a FEPROF volta às ruas, em Lisboa, onde vai exibir uma faixa de 550 metros com fotos de docentes.

Entre 1.500 a 2.000 professores são esperados neste desfile, que começa com uma concentração frente ao Ministério da Educação, às 15h00, seguindo-se o desfile para São Bento, onde se situa a residência oficial do primeiro-ministro, António Costa, e o parlamento.