Três épocas de trabalho no Irão dão a Toni a propriedade de olhar para o futebol daquele país com sentido crítico. O treinador português observa que a presença dos iranianos no Mundial de futebol ultrapassa a dimensão desportiva.
O embargo dos Estados Unidos e da Europa ao país transforma todos os desafios na Rússia em "muito mais que jogos de futebol". Toni avisa, por isso, a seleção nacional que "cada milímetro do campo, cada lance, cada jogada, será como se fosse a última de cada um deles". Um incentivo "importante do ponto de vista motivacional", porque neste enquadramento é necessário "perceber que estes jogadores vão jogar o jogo das suas vidas".
Do outro lado estará uma seleção portuguesa consciente das "exibições cinzentas" neste arranque de competição e, inclusivamente, reconhecidas pelo selecionador e jogadores portugueses.
"Quer Fernando Santos, quer os jogadores, têm noção que temos quatro pontos que não se refletem em termos exibicionais. Mas têm conseguido o mais importante que são os pontos", analisa o técnico.
Toni confia que Portugal irá "melhorar, porque os jogadores têm qualidade para fazerem melhor do que têm apresentado". Toni treinou os iranianos do Tractor entre 2012 e 2015, conseguindo a conquista de uma Taça do Irão, em 2013/14.