A cada dia que passa, surgem coisas novas no futebol português. Infelizmente, nem todas com cunho positivo e agradável, que não deixaria de contar para a sua credibilização mas, pelo contrário, aumentando o lodaçal em que tem vindo a ser mergulhado nos tempos mais recentes.
A última “novidade” tem a ver com as infames suspeitas lançadas sobre alguns jogadores pretensamente corrompidos para favorecerem os seus adversários durante o jogo. E estes, os adversários, não saem daquela velha órbita que envolve os três grandes, Benfica, Porto e Sporting.
A última jornada então foi pródiga na produção destes casos.
Destaca-se, entretanto, o que aconteceu no desafio disputado no Dragão entre o FC Porto e o Boavista e, no mesmo dia, em Santa Maria da Feira, no estádio onde se defrontaram o Feirense e o Benfica. As redes sociais encarregaram-se de ampliar o que se registou nos dois casos, e daí, chegar a “certezas” necessitou apenas de um pequeno lapso de tempo.
Não vale a pena voltar as estas “histórias” lamentáveis que, nem o facto de estarmos a atingir o termo do campeonato, justificam. Do mau caráter de muita gente que anda por aí a gravitar à volta do futebol não se poderia esperar muito melhor.
Importante é salientar a rápida tomada de posição do Sindicato dos Jogadores que, em última instância, admite que haja recurso à greve se estes desmandos continuarem.
Recentemente, na Grécia, o governo, com pulso firme, decidiu suspender o campeonato de futebol, porque o presidente de um clube (AEK) decidira entrar no relvado armado de pistola, para assim tentar valer os seus “direitos”.
Parece que, entre nós, está a faltar uma medida que se assemelhe a esta do executivo helénico. É que, com o campeonato a aproximar-se do seu termo, não vão certamente faltar mais “novidades” que ajudem a emporcalhar um futebol já de si muito desacreditado.