Bruno não se demite mas aceita AG de 23 de junho
14-06-2018 - 20:37

Presidente do Sporting deixa garantia e anuncia que o clube aceita e paga a assembleia-geral de 23 de junho.

Bruno de Carvalho reforçou, esta quinta-feira, que não se demite da presidência do Sporting, voltando a não reconhecer qualquer autoridade à decisão de suspender a Direção, tomada pela Comissão de Fiscalização da Mesa da Assembleia-Geral do Sporting (MAG).

"Não nos demitimos. Não assumimos que a Comissão de Fiscalização tenha alguma legalidade e não achamos minimamente que Jaime Marta Soares seja presidente de mesa nenhuma", disparou, em conferência de imprensa realizada nos gabinetes da Direção da SAD do Sporting.

A AG de 23 que está "ferida de legalidade" mas que BdC aceita e paga

A tomada de posição de Bruno de Carvalho surge no dia em que o Tribunal da Comarca de Lisboa considerou ilegal a Comissão Transitória da Mesa da Assembleia Geral (MAG) nomeada pela Direção do Sporting, bem como as reuniões magnas marcadas para 17 de junho e 21 de julho.

Ora, esse cenário é amplamente desmentido pelo líder verde e branco.

"Esta decisão diz que não se faça a AG de 17 de junho e 21 de julho. Ponto. Nas alegações que fazem, vão buscar a argumentação da parte, porque não fomos ouvidos. O Tribunal não tornou nada ilegal. Não disseram que a Comissão Transitória que era ilegal. Zero. É mentira", prosseguiu, considerando também que a reunião magna de 23 de junho - a tal que Marta Soares garante que se irá realizar - também não está legalmente confirmada.

"Essa assembleia-geral está ferida de legalidade", considera Bruno de Carvalho, encarando a AG de dia 23 como uma espécie de "julgamento popular", já que nessa reunião magna será discutida a destituição de Bruno de Carvalho.

Ainda assim, fica a garantia de que, a contragosto, o líder leonino abre a porta, definitivamente, à marcação oficial da AG de dia 23. E o Sporting até já aceita pagar os custos da reunião magna. Bruno de Carvalho considera que os "superiores interesses" do Sporting não estão a ser acautelados mas justifica o recuo.

"Não reconhecemos Jaime Marta Soares como presidente da MAG, não reconhecemos a Comissão de Fiscalização, que eu chamo de pelotão de fuzilamento. Não reconhecemos a forma como foi convocada a AG de dia 23, porque está ferida de legalidade. Fomos expulsos de sócios e que não podemos participar na mesma porque não somos sócios a dia 23 mas vamos disponibilizar aos associados os serviços para que se permita que o ex-presidente da MAG e que se entitula ainda presidente venha amanhã conferir todas as formalidades, todos os votos que diz que tem e nós, aos sportinguistas, conferimos os meios necessários para que essa AG decorra. E inclusivmaente vamos dar ordem para que seja paga essa AG. Fazemos isto em nome dos sportinguistas e não em nome dos superiores interesses do Sporting. Andamos a 'brincar ao Sporting' com estas rescisões", argumentou.