​A A1 cresceu em Vila Nova de Gaia e desapareceu um “muro”
19-05-2017 - 15:40

Primeiro-ministro inaugurou sublanço da A1 Carvalhos-Santo Ovídeo. Uma obra de 29,8 milhões que “muda o paradigma da mobilidade” em Gaia.

O alargamento do sublanço da auto-estrada A1 Carvalhos-Santo Ovídeo, em Vila Nova de Gaia, que custou 29,8 milhões de euros, foi formalmente inaugurado esta sexta-feira, abolindo um "muro" dentro do concelho e melhorando o acesso ao Porto.

O primeiro-ministro, António Costa, e o presidente da Câmara de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues, inauguraram esta obra, um alargamento daquele lanço de auto-estrada de 2x2 para 3x3 vias que visa responder, segundo informação da concessionária Brisa, ao crescimento do tráfego no acesso ao Porto através da Ponte da Arrábida.

"Esta é uma obra que muda o paradigma da mobilidade em Vila Nova de Gaia. Transforma aquilo que era uma barreira na vida de um concelho numa oportunidade de maior coesão territorial. E ao tornar Gaia mais acessível no quadro da Área Metropolitana e no quadro do país, torna o território mais atractivo como plataforma de desenvolvimento social e desenvolvimento económico", disse o primeiro-ministro António Costa que presidiu à inauguração da empreitada.

Já o presidente da Câmara de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues, frisou que este alargamento "não é apenas mais uma obra de betão", considerando a requalificação "estruturante" da A1 como o fim de um "muro".

"A A1 significa para Vila Nova de Gaia, historicamente, uma fronteira entre a malha urbana e o resto do concelho", disse o autarca.

A Câmara de Gaia aproveitou para, paralelamente mas integrada no mesmo projecto, criar novas acessibilidades nomeadamente aos Carvalhos, criando uma derivação que permite acesso ao centro, mas também ao quartel dos bombeiros locais, e uma rotunda em continuidade com a de Santo Ovídio, a qual se chamará rotunda do Atlântico.

Eduardo Vítor Rodrigues adiantou que a nova rotunda é o ponto de partida da Avenida do Atlântico que já tem construído cerca de um quilómetro na zona Madalena, sendo desejo da câmara que esta artéria seja "o grande nó viário de ligação à zona das praias, retirando o trânsito do miolo das freguesias".

"É um investimento que fazemos convictos que é o grande desatar de nó quer nos Carvalhos, quer em Santo Ovídio", disse à agência Lusa Eduardo Vítor Rodrigues, revelando que a autarquia gastou mais de um milhão de euros.

Por fim, informação distribuída pela Brisa aos jornalistas dá conta de que esta concessionária investiu nos últimos dez anos 166 milhões de euros no Grande Porto, 146 milhões em alargamento do número de vias, nove milhões em beneficiação de pavimentos, seis em equipamentos e cinco em protecção ambiental.