Fernando Santos confessa alguma incompreensão relativamente às opiniões que defendem que a Selecção Nacional não deveria fazer depender o seu modelo de jogo das características de Cristiano Ronaldo.
Colocar a equipa das quinas a jogar em torno do seu capitão e aquele que, para o "engenheiro", é somente "o melhor jogador do mundo" é algo que deve ser encarado com naturalidade.
"Seria muito estranho se Portugal, tendo o melhor jogador do mundo, de alguma forma não planeasse a sua forma de jogar de acordo com as potencialidades e a mais-valia do Cristiano? Se tenho o melhor concretizador do mundo, não fazer com que a equipa se adapte àquilo que é a forma de jogar do Ronaldo seria errado", defendeu o seleccionador campeão da Europa, em entrevista à revista oficial da Federação Portuguesa de Futebol.
Ora, um cenário bem diferente, que Fernando Santos admite sem rodeios, é a ausência de dramas quando Ronaldo não está disponível. Apesar de reforçar que não é lógico "abdicar" do melhor marcador de sempre da equipa das quinas e do jogador com mais internacionalizações no escalão "AA" de Portugal, o treinador revela confiança na busca de outras opções que mantenham a Selecção no trilho do sucesso.
"Se o Ronaldo não puder jogar, já não se faz mais nada? Não, a questão é outra: se ele não puder, vamos ter de encontrar soluções para continuar a vencer. Isso é o que vamos fazer e, na final do Europeu, fizemo-lo, com mérito dos jogadores, que o fizeram muito bem. Abdicar de Ronaldo? Não podemos abdicar, de certeza absoluta", disparou.