Foram precisas 12 horas de negociações para acabar com o motim em Madrid. Trinta e nove migrantes, na sua maioria argelinos, de um centro de detenção da capital de amotinaram-se e tomaram conta do terraço do edifício.
Fonte do centro avançou
ao jornal “El Pais” que todos já voltaram para os seus quartos. Para a sua desmobilização
contribuiu a promessa de que não iriam sofrer represálias e que o cônsul argelino
os iria visitar.
Bloquearam as câmaras de segurança do interior do edifício e partiram mobílias para conseguirem chegar ao telhado. Depois reuniram-se no exterior do centro gritando “liberdade e dignidade”.
Junto ao edifício estiveram polícias da Unidade de Prevenção e Reacção e da Unidade de Intervenção da Polícia Nacional. Não há notícia de feridos.
"Incidentes em centros de detenção continuam a preocupar-me", escreveu a porta-voz da câmara madrilena, Manuela Carmena, na rede social Twitter, afirmando que "os direitos humanos são a prioridade".
Várias associações têm alertado para a falta de condições nestes centros, comparando-as às das prisões, ao descreverem quartos sobrelotados, casas-de-banho sujas e falhas ao nível dos serviços sociais ou de tradutores.
Os centros destinam-se a pessoas que entraram no país sem a autorização de residência e que se encontram no processo de serem deportadas.
Em Outubro, 67 imigrantes sem autorização de residência conseguiram fugir de um centro de detenção onde se encontravam perto da cidade de Murcia.
[notícia actualizada às 9h30]