​Tudo em aberto
21-06-2018 - 06:19

Mesmo ganhando a Marrocos, Portugal produziu uma exibição de fraca qualidade, e não foram as notáveis actuações de Rui Patrício e de Cristiano Ronaldo e estaríamos a esta hora a lamentar a possibilidade do nosso afastamento prematuro.

Duas vitórias tangenciais sobre adversários que pareciam estar mais facilmente ao seu alcance colocaram Portugal e a Espanha no comando do Grupo B do Campeonato do Mundo de Futebol. Os espanhóis ficam no entanto em vantagem devido ao facto terem menos um cartão amarelo nos dois jogos já disputados por ambos. Sim, porque o aspecto disciplinar poderá acabar por determinar a posição de Portugal e da Espanha na tabela classificativa no termo da fase de grupos, que ontem entrou na segunda jornada.

Depois de se terem confrontado na ronda inaugural com um empate a três golos, as duas selecções ibéricas dispunham de oportunidades soberanas para, no caso dos espanhóis confirmarem a classe da sua equipa, e do lado lusitano para refazerem a imagem de uma equipa pouco inspirada e muito dependente da sua maior estrela, CR7.

Nem uma nem outra das selecções conseguiram alcançar esse desiderato.

Mesmo ganhando a Marrocos, Portugal produziu uma exibição de fraca qualidade, e não foram as notáveis actuações de Rui Patrício e de Cristiano Ronaldo e estaríamos a esta hora a lamentar a possibilidade do nosso afastamento prematuro da grande competição mundial.

Já a Espanha também não foi capaz de produzir uma exibição brilhante tendo, ao contrário, sentido um enorme aperto até ao apito final do juiz.

Retirando a selecção africana do lote, porque já tem ordem de marcha de retorno ao seu país, mantém-se tudo em aberto para as demais equipas restantes.

Por isso, até à próxima segunda-feira vai continuar a ser possível desenhar todos os cenários.

Espanha-Marrocos e Portugal-Irão encerram a fase de grupos daqui por cinco dias.

Até lá, do nosso lado, o seleccionador vai ter imaginar soluções pouco fáceis e que poderão passar, inlcusivé, por alterações radicais de monta, que permitam a Fernando Santos apresentar um onze com uma nova face e, sobretudo, com uma muito maior capacidade de colocar em campo as faculdades que todos lhes reconhecemos.