O PCP deixa implícito que será difícil um acordo com o PS sobre política externa e europeia. Em declarações à Renascença, o eurodeputado João Ferreira lembra a proximidade do PS ás posições do PSD e CDS.
João Ferreira lembra que a “a política alternativa que o PCP defende, patriótica e de esquerda, tem como eixos essenciais questões como a afirmação da independência e soberania nacionais, a rejeição da submissão do país a interesses contrários e a posições contrárias ao seu interesse, o controle público de setores estratégicos da economia, a valorização do trabalho e dos trabalhadores, a renegociação da dívida”.
“Tudo isto são aspetos que identificam esta política alternativa que o PCP propõe ao povo português e que o diferenciam de outras forças políticas, nomeadamente do PS que, neste conjunto de aspetos, tem uma conhecida e assumida convergência designadamente com o PSD e do CDS”, acrescenta.
O deputado comunista reage assim às declarações proferidas pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, que, em entrevista à Renascença e jornal “Público”, defende que um próximo acordo entre o PS e os partidos à esquerda devem incluir questões de política externa e europeia.