Suprema ironia: as piores ocorrências registaram-se fora do período considerado crítico. E, de acordo com o Ministério da Administração Interna, o número de crimes de incêndio florestal nos primeiros seis meses deste ano aumentou 253% em relação ao primeiro semestre de 2016.
Em sete mil incêndios investigados pela GNR, mais de quatro mil tiveram origem em acção humana negligente. Queimadas, por exemplo. Foram registadas quase mais três mil ignições negligentes em comparação com o período homólogo.
Agora que a chuva começa a cair, há alertas que convém não ignorar. A água que caiu não resolveu nada. Não humedeceu os solos e, pior do que isso, pode até contribuir para o crescimento de vegetação combustível pronta a arder. Mesmo com frio. Porque o problema está na secura dos terrenos.