Os produtos endógenos do território transfronteiriço do Douro vão ter uma marca única destinada à comercialização.
O projecto é do Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial (AECT) Duero-Douro, abrange cerca de 200 entidades de ambos os lados da fronteira, num território que se estende desde o concelho de Vinhais, no distrito de Bragança, ao do Sabugal, no distrito da Guarda, do lado português. Do lado espanhol, a iniciativa estende-se desde a região de Zamora até à província de Salamanca.
“Esta marca visa agregar os produtos agroalimentares produzidos neste território ibérico e promover a sua comercialização, exportação e internacionalização junto do mercado externo, através de uma plataforma conjunta, de forma a potenciar a economia familiar”, revela o director geral do AECT Duero-Douro, José Luís Pascual.
Outro dos objectivos do projecto passa pela criação de uma central de reserva na Internet tendo em vista a promoção e reserva de espaços turísticos de “qualidade” nos territórios transfronteiriços próximos do Douro Internacional.
“O primeiro passo será a criação de uma Denominação de Origem Internacional para proteger os produtos agroalimentares produzidos no território abrangidos pelo AECT Duero-Douro”, realça. Produtos como queijos, carne, enchidos, amêndoa, azeite, mel e vinho estarão abrangidos por esta “nova forma” de comercialização, que junta Portugal e Espanha na mesma marca que une os territórios ibéricos junto ao Douro Internacional, reforçando a cooperação luso-espanhola.
“Trata-se de um projecto exemplar porque junta produtores arborícolas, operadores turísticos e outros agentes de desenvolvimento, quer portugueses, quer espanhóis”, explica Artur Nunes, presidente da Câmara de Miranda do Douro, um dos municípios envolvidos na iniciativa.
Já o vice-presidente da câmara de Mogadouro, Evaristo Neves, indica que “esta estratégia colaborativa e inovadora tem uma orientação para alavancar Pequenas e Medias Empresas, aumentando a sua visibilidade e o seu volume de exportações”.
Esta é a primeira plataforma ibérica destinada a promover o turismo de qualidade e os produtos endógenos do território.
O projecto é financiado em 1,6 milhões de euros provenientes do Programa Operativo de Cooperação Transfronteiriça Espanha Portugal (POCTEP).