O Arcebispo Primaz de Braga, D. Jorge Ortiga, pede “coragem” na defesa de “questões vitais” e lembra que a pluralidade não pode colocar em causa nem os valores nem a fé.
“A pluralidade exige a coragem de assumir e defender convicções profundas sem que correntes minoritárias, por vezes contrárias, nos desviem de opções vitais. A minha personalidade é moldada, em certa medida, por aquilo que me rodeia e pelas pessoas que me cruzo. Mas, parece-me justo, contudo, defender a recusa de qualquer ideologia que pretenda o aniquilamento dos valores ou da fé”, disse D. Jorge, na abertura do ciclo de conferências “Nova Ágora”, que decorre em Braga, .
O também presidente da comissão episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana lembrou que o multiculturalismo é “também um caminho de aprendizagem”.
“Há novas interrogações às quais não podemos fugir. Na verdade, nem queremos fugir. A Igreja ganha vida quando perde o medo de mergulhar nos debates culturais”, acrescentou.
Debate, mas também tolerância, diálogo e compromisso são os pilares dos encontros “Nova Ágora”, promovidos pela Arquidiocese de Braga, que depois da primeira reflexão sobre o multiculturalismo, discute na próxima sexta-feira “A saúde e a qualidade de vida”.