O juiz Pablo Lllarena, do Supremo Tribunal espanhol, recusou o pedido de liberdade do ex-conselheiro do Interior da Catalunha, Joaquim Forn.

Para o magistrado, o risco de que o Forn venha a reincidir no crime pelo qual foi detido (desobediência ao governo de Madrid na sequência do referendo a favor da independência da Catalunha) é elevado.

Forn renunciou ao lugar de deputado pelo partido Juntos pela Catalunha que obteve nas eleições catalãs de dezembro de 2017, no passado dia 23 de janeiro como forma de demonstrar à justiça espanhola o seu compromisso de não voltar a repetir o delito.

Apesar da renúncia do ex-conselheiro do Interior catalão, o tribunal espanhol frisou que não tem a certeza de que Forn de não venha a reincidir porque não há garantia de que "a vontade política maioritária" seja a de respeitar a ordem legal no sentido de impedir a declaração unilateral de independência da Catalunha.

O juiz justificou a decisão com o argumento de Joaquim Forn ainda "há algumas semanas" participou da candidatura liderada por Carles Puigdemont, que continua a defender "explicitamente" a declaração imediata e unilateral da independência.

Joaquim Forn está preso desde 2 de novembro de 2017.