Paulo Gonçalves, assessor jurídico da SAD do Benfica, foi detido, esta terça-feira, por suspeitas de corrupção ativa. A notícia é confirmada à Renascença por fonte próxima da investigação.

Em causa está uma rede montada junto do sistema judicial para recolher informações de processos que decorrem no Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa sobre o clube.

O assessor jurídico é suspeito de distribuir prendas a funcionários judiciais para obter informações de processos.

Segundo a revista "Sábado", a Unidade Nacional Contra a Corrupção da Polícia Judiciária está a realizar buscas na SAD do Benfica, casas particulares e nos tribunais de Guimarães e Fafe, onde trabalha outro dos suspeitos, Júlio Loureiro, funcionário judicial.

Um empresário de futebol está, também, entre os suspeitos, para além de um técnico informático de Instituto de Gestão Financeira e Equipamento da Justiça. Este terá sido, também, detido.

Paulo Gonçalves tinha sido constituído arguido no caso dos emails em 19 de outubro, na sequência de buscas da Judiciária ao clube. Nesse mesmo dia, a Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa (PGDL) confirmou a investigação a um suspeito, no âmbito do caso dos emails do Benfica, por corrupção passiva e ativa, tendo realizado buscas no estádio da Luz.

Desde maio de 2017 que o diretor de comunicação do FC Porto, Francisco J. Marques, tem acusado o Benfica de influenciar o setor da arbitragem e apresentou alegadas mensagens de correio eletrónico de responsáveis 'encarnados', nomeadamente de Paulo Gonçalves e o presidente do clube, Luís Filipe Vieira.