De Bragança a Faro. ​ASAE apreende tonelada e meia de alimentos
19-05-2017 - 12:15

"O objectivo era fiscalizar este transporte de forma a salvaguardar o consumidor quando os produtos chegam ao ponto de venda", diz inspector-geral da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica.

Uma tonelada e meia de alimentos estragados, entre os quais 700 quilos de carne, foram apreendidos pela Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) na operação nacional de fiscalização de transporte que terminou esta sexta-feira de madrugada.

Em declarações à agência Lusa, o inspector-geral da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), Pedro Portugal Gaspar, disse que nesta operação, que terminou pelas 4h30, foram fiscalizados 1.663 veículos e apreendidas 1,5 toneladas de alimentos, entre os quais carne, moluscos/bivalves, caracóis e fruta de cinco transportadoras.

"O objectivo era fiscalizar este transporte de forma a salvaguardar o consumidor quando os produtos chegam ao ponto de venda", disse Pedro Portugal Gaspar, explicando que, além da carne, a operação resultou na apreensão de 200 quilos de bivalves que não tinham a indicação de terem passado pelo tratamento na depuradora e de 200 quilos de caracóis que não cumpriam as condições higiossanitárias.

Os restantes alimentos apreendidos (fruta) tinham problemas de rotulagem.

A apreensão da carne resultou na instauração de um processo-crime. Foram igualmente passadas 35 contraordenações.

A operação, que decorreu em todo o território nacional, de Bragança a Faro, envolveu 150 inspectores em 45 pontos diferentes do país.

"Estas quantidades foram detectadas em apenas quatro ou cinco transportadores", sublinhou o inspector-geral da ASAE, lembrando que a carne foi apreendida maioritariamente no norte do país e os bivalves e caracóis na região da Grande Lisboa.

"Foram encontrados nestas regiões, mas numa fiscalização de transporte, o que não quer dizer que, por exemplo, os bivalves, tenham sido apanhados na mesma região. Há uma grande probabilidade, mas não é certo", explicou.

A ASAE apreendeu ainda quatro cavalos, no valor de 12.000 euros, que se destinavam a actividades equestres e as identificações apresentadas não correspondiam, e um veículo para controlo meteorológico, no valor de 30.000 euros.