Catarina Martins agradada pelo Governo pensar em aumentar os escalões do IRS
19-05-2017 - 21:16

A coordenadora bloquista sublinha que o aumento dos escalões irá aliviar de forma fiscal 50% das famílias portuguesas e defendeu pelo menos os oito escalões do tempo pré-redução de Vítor Gaspar, ex-ministro das Finanças do Governo PSD/CDS.

A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE), Catarina Martins, expressou agrado pelo Governo se mostrar disponível em aumentar os escalões do IRS.

A líder bloquista explicou que o aumento dos escalões ainda tem que ser negociado para o Orçamento de Estado (OE) de 2018. A discussão será feita até Novembro, após o Governo apresentar uma proposta na Assembleia da República.

Catarina Martins realçou que já há uma “convergência” entre o BE e o PS sobre este assunto. A bloquista lembra que o Governo não foi claro em relação ao aumento dos escalões de IRS no Programa de Estabilidade e esta semana revelou a necessidade de se aumentarem os escalões.

A coordenadora do Bloco de Esquerda assinalou o “caminho importante” que se está a percorrer, mas frisou que “ainda há muito a fazer”, para se chegar a um acordo final e definitivo relativo ao OE para 2018.

Questionada sobre quantos mais escalões o Bloco de Esquerda gostaria de ver no OE, Catarina Martins defendeu pelo menos os oito do tempo pré-redução de escalões de Vítor Gaspar, ex-ministro das Finanças do Governo PSD/CDS. A bloquista acrescentou que a preocupação em aumentar os escalões sustenta-se na metade mais baixa do IRS, já que é aí que estão situadas “mais de 50% das famílias portuguesas”. “O alívio fiscal é fundamental”, referiu ainda.

Em relação à possibilidade de haver um acordo antes das eleições autárquicas de Outubro, a coordenadora bloquista afirmou que o partido não abdica do papel e das decisões da Assembleia da República, além de existirem datas “próprias para aprovar o OE”.

Catarina Martins insistiu que o Programa de Estabilidade contraria os “acordos feitos à esquerda” e sugeriu que se “fizesse caminho de convergências” antes das eleições, para que os acordos (estes e a base comum dos acordos de 2015) fossem respeitados.