A Feira do Mel e do Artesanato de Vila Pouca de Aguiar abre portas este sábado e promete mel em quantidade e qualidade e muito artesanato aos mais de 25 mil visitantes esperados no certame.
Com o evento, a autarquia quer “promover o mel e os seus produtores, bem como os artesãos da região que trabalham os seus artefactos, mantendo bem viva a etnografia das gentes” e vai ao encontro das “aspirações económicas e sociais da comunidade local”, afirma o presidente da autarquia, Alberto Machado.
O cenário desenvolve-se no Parque Termal de Pedras Salgadas e o mel de urze e o multiforal e a genuinidade do artesanato são as atracções da 16ª edição da feira, que se estende até terça-feira, e que conta com cerca de 100 stands de mel, artesanato, produtos regionais, tasquinhas e associativismo.
A iniciativa serve também “para divulgar Pedras Salgadas com o seu espaço nobre que é o Parque Termal, considerado a sala de visitas do concelho, e vai ao encontro das necessidades sócio económicas da região”, refere à Renascença Rogério Martins, presidente da junta de freguesia de Bornes de Aguiar.
O programa da feira privilegia concursos temáticos de mel - qualidade do mel e rótulos - e doçaria confeccionada com mel, festival de folclore e espectáculos de música popular portuguesa. Destaque também para a recriação da chegada do rei D. Carlos à vila termal, no início do século XX, a acontecer na tarde de terça-feira.
A Feira do Mel e do Artesanato é visitada anualmente por cerca de 25 mil pessoas que aproveitam para adquirir produtos regionais e desfrutar de um belo cenário natural.
Os visitantes podem ainda provar a célebre água gaseificada natural que sai directamente da fonte das Pedras Salgadas.
Mais de 5 mil colónias de mel e dezenas de artesãos
O mel é uma actividade que, no concelho de Vila Pouca de Aguiar, envolve cerca de cem mil euros por ano. Segundo dados de 2016, o concelho tem 79 apicultores, 240 apiários e 5.286 colónias. Os meles predominantes são de Urze e Multifloral.
“O que distingue o mel do concelho de todos os outros é fundamentalmente a natureza, uma vez que estamos numa natureza não intoxicada, em que o ar é muito oxigenado. Há uma floração muito intensa e a particularidade é que também estamos em terras de elevado relevo - montanha - em que a urze está muito presente, o que vai condimentar este mel tão característico desta região”, explica Rogério Martins.
O autarca destaca a importância do mel para a região, na medida em que “a actividade é uma complementaridade de financiamento para muitas famílias que, paralelamente ao exercício da sua actividade profissional, dedicam o seu tempo de lazer a esta actividade”.
O artesanato é, de igual forma, um actividade complementar. Madeira, granito, linho, barro e diversos metais servem de matéria-prima a dezenas de artesãos que expõem e vendem algumas das suas autenticidades.