Bombista de Manchester não estava sob "investigação activa"
29-05-2017 - 11:05

Os serviços secretos britânicos abriram uma investigação interna para apurar se houve falhas, no rescaldo do atentado que matou 22 pessoas.

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O homem que se fez explodir à saída de um concerto na Manchester Arena, segunda-feira passada, estava entre os 20 mil nomes conhecidos dos serviços secretos britânicos, mas não constava da lista de 3.000 pessoas que estavam sob investigação activa.

A informação foi revelada à agência Reuters por uma fonte anónima, próxima do MI5, que trata de tudo o que são serviços secretos internos no Reino Unido.

Segundo a fonte, o atentado levado a cabo por Salman Abedi, um britânico de ascendência líbia, levou o MI5 a ordenar uma investigação interna para tentar perceber que falhas houve e como podem melhorar os seus processos.

“Esta investigação procurará saber se há algo a aprender com a forma como o Serviço de Segurança tratou a informação relativa a Abedi”, disse a fonte.

O MI5 foi fundado em 1909 e emprega actualmente 4.000 pessoas.

O atentado levado a cabo por Abedi causou 22 mortes, incluindo crianças e jovens raparigas que estavam a sair do concerto de Ariana Grande, em Manchester. Ficaram feridas mais de 60 pessoas.

Na sequência do atentado suicida a polícia já deteve 16 pessoas, incluindo familiares do terrorista. O mais recente foi um homem de 23 anos detido esta em Shoreham, Sussex. Duas das 16 pessoas foram entretanto libertadas, mantendo-se 14 sob custódia.

Na sexta-feira, um alto responsável do serviço de contraterrorismo britânico afirmou que a polícia estava confiante no trabalho que estava a desenvolver e que as autoridades tinham feito “imensos” progressos e atacado “uma grande parte da rede” que estará por trás do atentado.

Ariana Grande anunciou concerto em Manchester a favor das vítimas. A cantora norte-americana vai regressar ao local onde a tragédia ocorreu, esta segunda-feira. "Não vamos deixar o ódio vencer", disse na sua conta de Twitter.

Depois do ataque foram destacados militares para ajudar a polícia nas operações de segurança em locais considerados críticos, como o Parlamento ou terminais de transportes.