Papa lembra à Europa “as suas raízes cristãs” e exorta a que seja “continente aberto"
02-07-2016 - 18:27

Francisco enviou videomensagem para congresso em Munique.

O Papa apela para que a Europa reflicta, "redescubra a sua vocação de contribuir para a unidade de todos", e acabe com os muros do medo e do egoísmo político e económico, que dividem o continente.

“Para além de alguns muros visíveis, estão a ser reforçados alguns muros invisíveis que tendem a dividir o nosso continente. São muros que estão a ser construídos no coração das pessoas.

Francisco lembra que são “muros feitos de medo e de agressividade, de falta de compreensão por pessoas de diferentes origens ou convicções religiosas. Muros de egoísmo político e económico, sem respeito pela vida e pela dignidade das pessoas”.

Numa mensagem enviada aos participantes do congresso internacional "Juntos pela Europa" que decorreu na cidade alemã de Munique, o Sumo Pontífice defendeu uma Europa centrada na pessoa humana e nos valores cristãos.

“A Europa é chamada a reflectir e a questionar-se se o seu imenso património, permeado de cristianismo, faz parte de um museu ou se ainda é capaz de inspirar a cultura e de doar os seus tesouros à humanidade inteira”, disse.

O Papa acrescentou que toda a unidade autêntica vive da riqueza das diversidades que a compõe. Se a Europa inteira quer ser uma família de povos, que coloque no centro a pessoa humana, que seja um continente aberto e acolhedor, que continue a realizar formas de cooperação não só económica mas social e cultural”.

Neste congresso participaram cerca de duas mil pessoas, oriundas de 200 movimentos e 40 países.