Ferro Rodrigues "atira-se" a Bruno de Carvalho e defende final da Taça "à porta fechada ou nas Aves"
16-05-2018 - 16:44

Presidente da Assembleia da República, sócio do Sporting há 68 anos e ex-membro do Conselho Leonino, não poupa nas críticas ao líder verde e branco e declara: "Não me chocaria que a final da Taça fosse à porta fechada ou nas Aves".

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O presidente da Assembleia da República atribui uma grande fatia das responsabilidades do ataque perpetrado ao plantel de futebol do Sporting ao próprio presidente dos leões, Bruno de Carvalho, que acaba por acusar de colocar em emblema de Alvalade na "miséria".

Ferro Rodrigues, sócio do Sporting há 68 anos e ex-membro do Conselho Leonino, que em abril se demitiu do cargo em rota de colisão com Bruno de Carvalho dispara a toda a linha sobre o líder leonino.

"Não pode ficar impune quem deu passos decisivos para que esta situação gravíssima viesse a acontecer", atirou, referindo-se a Bruno de Carvalho, no parlamento, durante uma tomada de posição oficial sobre o clima de violência que tem vindo a abalar o futebol nacional e que teve o seu momento mais baixo ontem, com a invasão de 50 alegados adeptos do Sporting à academia verde e branca, em Alcochete, agredindo jogadores e equipa técnica dos leões.

Mas Ferro Rodrigues foi mesmo mais longe e, aproveitando o dia em que sobre o Sporting recaem fundadas suspeitas de corrupção ao nível do andebol e do próprio futebol, voltou a visar Bruno de Carvalho, a quem aponta o exercício de uma "perversidade autoritária e totalitária".

"É bom que as autoridades judiciais, sempre prontas para investigar os políticos, investiguem os dirigentes do futebol português e os do Sporting, pela miséria em que o clube está", prosseguiu, sempre em tom confrontacional.

"Final da Taça? Por mim, à porta fechada ou na Vila das Aves"

Pronunciando-se ainda sobre os efeitos do ataque ontem perpetrado à equipa do Sporting e os efeitos para a final da Taça de Portugal, frente ao Desportivo das Aves, no domingo (17h15), o presidente da Assembleia da República questiona a forma relativizada como o país poderá estar a encarar todo este contexto.

"Não se pode partir pra esta preparação para a final da taça como se nada tivesse acontecido e como se fosse apenas um caso de policia. Isto é um caso gravissimo que põe em causa o Sporting, o futebol português e o próprio país", argumentou, deixando ainda uma visão pessoal bem fraturante relativamente à realização da final do Jamor.

"A organização da final da Taça é da responsabilidade da Federação Portuguesa de Futebol. Mas não me chocaria que fosse feita à porta fechada ou na Vila das Aves", concluiu.