SEF vai estar seis meses em greves
12-01-2017 - 02:30

Funcionários do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras querem uma carreira especial para todos os que não são inspectores.

Na próxima segunda-feira, 16 de Janeiro, os funcionários do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) começam uma greve que vai durar seis meses em regime de rotatividade.

Cada unidade orgânica do SEF vai fazer um dia de greve por mês, que terá impacto sobretudo nas unidades daquela polícia que tratam do serviço documental, como a emissão de passaportes, autorizações de residência ou vistos gold.

A presidente do Sindicato dos Funcionários do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SINSEF), Manuela Nilza Ribeiro, explicou que a greve terá impacto sobretudo ao nível dos tempos de espera, que vão aumentar ainda mais, para todos os que precisam de documentos emitidos pelos serviços.

“O tempo de espera, que já de si é longo, para obter os seus documentos, vai aumentar. Estamos a falar de documentos, não só de autorizações de residência, como, por exemplo, emissão de passaportes. Por outro lado, isto também se reflecte num outro tipo de área, que é a área económica. Na medida em que, mediaticamente, são mais chamativos os denominados vistos gold, que passam a ter também um tempo ainda maior de espera”.

Os funcionários do SEF querem uma carreira especial para todos os funcionários que não são inspectores.

“O principal objectivo é fazer com que se olhe para o SEF como um conjunto de carreiras e não apenas como uma polícia, e que carreiras não policiais sejam vistas como uma carreira especial e evitar a saída de quadros altamente qualificados para outros organismos, que levou já nos últimos três anos a uma diminuição de 10% de funcionários não policiais, deixando o serviço depauperado na questão da documentação. O SEF é responsável por receitas de 80 milhões de euros, com origem na quase totalidade nos serviços documentais que vão entrar em greve”, refere a dirigente do SINSEF.