O candidato conservador às eleições francesas, François Fillon, realçou, esta sexta-feira, a importância que o próximo presidente francês terá de dar à luta contra o “totalitarismo islâmico” e colocou essa luta como uma das suas prioridades máximas no que toca à política externa.
"Farei desta luta pela liberdade e pela segurança nacional a minha própria luta", afirmou o candidato.
Reagindo ao ataque terrorista que matou um polícia, esta quinta-feira, nos Campos Elísios, em Paris, o candidato do partido “Os Republicanos” apontou “a batalha pela liberdade e pela segurança francesa” como a prioridade que o próximo presidente precisa de ter e apontou a “determinação” e a capacidade ter “cabeça fria” como uma característica essencial para esta luta.
“Estamos em guerra. Não há alternativa. Somos nós ou eles”, frisou Fillon, que acrescentou: "Em momentos como este, temos que mostrar aos nossos inimigos que a França está unida e sem medo. Mas também temos que nos manter focados e não podemos ser inocentes. Estamos em gueera e será uma guerra longa. O inimigo é poderoso e os seus cúmplices vivem entre nós".
O candidato conservador, que após os sucessivos escândalos de corrupção, tem sido colocado atrás do centrista Macron e da candidata da extrema-direita, Le Pen, tem apostado num discurso voltado para as questões da segurança nacional.
“O Islão radical está a desafiar os nossos valores e a força do nosso carácter”, apontou o Fillon.
O atentado desta quinta-feira acontece a três dias das eleições presidências em França, num momento em que Marine Le Pen, da extrema-direita, lidera as sondagens. Esta sexta-feira, também em reacções ao ataque terrorista, a líder da Frente Nacional exigiu o fecho de mesquitas radicais e a expulsão de estrangeiros sinalizados.