Gestifute defende Mourinho e garante não haver fraude fiscal
20-06-2017 - 19:54

Empresa detida por Jorge Mendes, representante do treinador do Manchester United, emite comunicado no qual revela que a Autoridade Tributária de Espanha havia já confirmado, no passado, a ausência de verbas em falta.

José Mourinho não recebeu, da parte do Fisco espanhol, qualquer notificação que o acuse de fraude fiscal. A empresa que representa o treinador do Manchester United emitiu um comunicado, ao final da tarde desta terça-feira, garantindo que "Mou" tem as suas obrigações em dia.

"José Mourinho não recebeu qualquer notificação em relação das notícias vindas hoje a público. Até à data de hoje, nem as Finanças nem o Ministério Público espanhol contactaram com José Mourinho nem com os assessores que foram contratados para o processo de fiscalização", pode ler-se na referida nota, com a empresa detida por Jorge Mendes a elencar os pormenores das declarações de rendimentos de Mourinho entre o período de Junho de 2010 a Maio de 2013, no qual orientou o Real Madrid.

"José Mourinho, que residiu em Espanha desde Junho de 2010 até Maio de 2013, pagou mais de 26 milhões de euros em impostos, com uma taxa média superior a 41 por cento e aceitou propostas de regularização da Administração Fiscal em 2015, relativas aos anos de 2011 e 2012, e resolveu por acordo a situação relativa ao ano de 2013. O Governo espanhol por sua vez, através da Agência Tributária, emitiu uma certidão onde confirmava que ele tinha regularizado a sua situação e que se encontrava com todas as suas obrigações tributárias em dia", completa o referido comunicado.

"MourinhoGate" em quatro parágrafos

A Procuradoria de Madrid denunciou José Mourinho, esta terça-feira, por alegadamente defraudar o Fisco espanhol em mais de três milhões de euros.

Conforme informa a Procuradoria, o treinador português terá cometido dois delitos contra o Ministério Público espanhol, em 2011 e 2012, numa quantia que ascende aos 3,3 milhões de euros, 1,6 no primeiro ano e 1,7 no segundo.

Mourinho teria, alegadamente, canalizado os seus ingressos por direitos de imagem através de uma sociedade nas Ilhas Virgens Britânicas.

"Todas essas estruturas societárias foram utilizadas pelo denunciado com o objectivo de fazer fisicamente opacos os benefícios precedentes dos seus direitos de imagem", informa a denúncia.