Quem se abstém protege os piores
19-09-2017 - 08:00

Trata-se de um bom repto também para Portugal, no momento em que se aproximam as eleições autárquicas.

No início desta semana, o Papa Francisco pediu aos cristãos que rezem pelos seus governantes. “Não os podemos deixar sozinhos”, diz o Papa, sublinhando que são precisamente aqueles que pior fazem que mais precisam de orações.

Trata-se de um bom repto também para Portugal, no momento em que se aproximam as eleições autárquicas.

Durante os próximos dias, os candidatos vão dar o seu melhor para convencer os eleitores a neles votarem, no próximo dia 1 de Outubro.

Dar o seu melhor é mesmo o que se pede aos candidatos. Que ofereçam esperança, traduzida em soluções concretas e inovadoras, para problemas sérios que as populações enfrentam. E que se abstenham de entrar pela baixa política que degrada o espaço público e a qualidade da democracia.

Os meios de comunicação também devem ajudar, procurando o esclarecimento, ainda que difícil, e combatendo a desinformação, ainda que mais fácil.

E aos eleitores, mesmo que desiludidos e descontentes, apela-se a que não desistam de participar. Que façam a diferença. E que votem.

Quem se abstém protege os piores. A abstenção não é remédio para nada: agrava a desilusão e acaba por nos derrotar a todos nós.