O presidente do Conselho Nacional de Educação (CNE) não concorda com a divisão do ano escolar em dois semestres em vez dos actuais três períodos.
“Julgo que essa não é uma boa medida porque também não vejo quais são as vantagens”, diz David Justino, em entrevista ao programa da Carla Rocha – Manhã da Renascença.
Nestas declarações, o presidente do CNE admite que se teste a ideia em algumas escolas-piloto, embora considere que isso vai “colidir na forma como as escolas se articulem com todas as outras”.
De acordo com o jornal “Correio da Manhã”, há pelo menos 166 estabelecimentos interessados nesta alteração. Os directores das escolas pedem que a alteração entre em vigor já no próximo ano lectivo.
David Justino diz que a mudança apenas “faz diminuir os instrumentos de avaliação e reorganizar os períodos”.
Nesta entrevista, o presidente do CNE, um órgão consultivo do Governo, mantém também as criticas às provas de aferição que são feitas pelos alunos do 2º, 5º e 8º anos.
“A mobilização das escolas, dos alunos, das famílias, dos professores para os exames é reduzida porque as provas de aferição não têm esse efeito”, garante este responsável, acrescentando ainda que “o ministério não tem o instrumento de medição se os alunos estão a aprender mais ou não”.