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Paulo Morais

Publicidade explora imagem das crianças

28 jan, 2013

As campanhas publicitárias que recorrem à imagem de crianças para vender produtos que nada têm de infantil ou juvenil são recorrentes em Portugal. Recorrentes e ilegais.

Publicidade explora imagem das crianças
Depois de a Coca-Cola, da EDP, do Continente terem desrespeitado a Lei, agora é a vez do Intermarché vir promover os seus preços utilizando abusivamente a imagem de uma criança, ainda por cima num ar provocante e superproduzido.

A campanha é ilegal. O código da publicidade estipula que “os menores só podem ser intervenientes principais nas mensagens publicitárias em que se verifique existir uma relação directa entre eles e o produto ou serviço veiculado”.

Ainda por cima, com a agravante, de, neste caso, a campanha fazer um apelo à sexualização precoce das crianças, através de trejeitos de “mulher adulta”, batom nos lábios e colar ao pescoço.

Esperamos agora a intervenção da Direção Geral de Consumidores. Ou, em alternativa, do Ministério Público, que já terá tido notícia desta ilegalidade. Se não teve, não foi decerto por falta de publicidade.