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Paulo Morais

Da promessa à realidade do corte nas despesas

12 nov, 2012 • Paulo Morais

O Estado não se tem contido nos gastos e o corte nas suas gorduras não apareceu. Trabalhadores, pensionistas e empresas privadas são os castigados.

Da promessa à realidade do corte nas despesas
Quando se candidatou a primeiro-ministro, Passos Coelho prometeu cortar nas despesas do Estado para assim aliviar a vida às pessoas. Ao fim de um ano e meio, o que aconteceu foi exactamente o contrário.

A redução de salários e pensões, a par do aumento do IRS, empobreceu as famílias. O aumento dos custos de produção, como a energia, penalizou as empresas. O aumento do IVA provocou uma brutal diminuição do consumo, trouxe a recessão, o encerramento de empresas, e um desemprego galopante.

Entretanto, o Estado não se tem contido nos gastos. Continuam intocáveis os institutos públicos, as fundações inúteis ou as empresas públicas falidas. Bem assim como as grandes negociatas, as rendas das parceiras público-privadas ou até os juros agiotas pagos pela dívida pública.

Afinal, a austeridade prometida no Estado não apareceu. Pelo contrário, a receita deste Governo parece ser a de manter os privilégios do Estado à custa da austeridade que castiga os trabalhadores, os pensionistas e as empresas privadas.