Venha o juízo final

A fileira dos descontentes é agora maior do que nunca: as vítimas da redução de salários, os descontentes com o aumento de impostos, os jovens desempregados, descrentes no seu futuro, e os seus familiares, os pensionistas que agora verão reduzidas as suas reformas. As convulsões sociais estão aí.

Estamos a um passo da violência e o caminho está aberto para toda a demagogia. A situação social é explosiva e não há esperança que da política surja alguma solução, pois esta, a política, vive dias caóticos.

No seu discurso de posse, o Presidente da República passou um enorme raspanete ao primeiro-ministro e ficou-se a saber que Cavaco já não confia no chefe do Governo. Também o presidente do PSD, Passos Coelho, veio anunciar que não apoiaria mais as medidas de austeridade de Sócrates. Este está completamente isolado e até no seu partido já pensam em substituí-lo.

Chegámos a um beco sem saída. Só eleições antecipadas poderão clarificar e arejar esta pantanosa situação. Venha pois - e rápido! - o dia do do juízo final.