Rendas têm de baixar

A administração pública portuguesa cresceu de forma desmedida, em despesa, em pessoal e equipamentos. O estado tem agora, em desespero de causa, de reduzir a sua dimensão, nas suas diversas facetas.

Mas aquela medida que pareceria de mais fácil execução, a diminuição dos gastos com instalações, está a tardar a chegar.

Os alugueres e as rendas imobiliárias que o estado paga neste momento, têm de ser reduzidos, de imediato, pelo menos para metade. A implementação duma medida deste tipo representaria uma poupança de centenas de milhões de euros por ano.

Recorde-se que o mercado imobiliário está em baixa e que as rendas nos privados têm diminuindo progressivamente. Note-se, também, que muitos dos contratos foram artificialmente inflacionados numa lógica de favorecimento dos agentes do estado com os proprietários seus amigos.

É claro que, em respeito pelo estado de direito, o acordo dos senhorios com os novos valores deve ser obviamente facultativo; nos casos em que não se verifique, o Estado deve encontrar alternativa, respeitando todos os compromissos legalmente assumidos.

Mas as rendas, essas têm de baixar. E tem de ser já!