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Paulo Morais

Quem quer descer desemprego, tem de descer impostos

16 jan, 2012 • Paulo Morais

Há exactamente um mês o Governo reuniu um Conselho de Ministros dito informal para tratar do problema do emprego. Não se sabe o que lá se decidiu. Mas é facto que o desemprego não desaparece, as empresas continuam a fechar e os dramas sociais agravam-se.

Quem quer descer desemprego, tem de descer impostos
Só há três caminhos para criar novos postos de trabalho: crescimento da administração pública, alargamento dos quadros de pessoal das empresas já existentes ou, em alternativa, a criação de novas empresas. Como julgo que ninguém se atreveria já a propor a contratação de mais funcionários públicos, resta agora saber como poderá o Governo estimular o surgimento de novos negócios.

De todas as medidas possíveis, a que poderia ter um efeito positivo mais imediato seria uma diminuição da carga fiscal, ou seja, o contrário do que o governo “formal” tem vindo a fazer. A redução drástica de impostos é, aliás, a única medida verdadeiramente eficaz para diminuir o desemprego porque estimula a iniciativa privada e diminui os encargos das empresas. Poderia eventualmente provocar a diminuição das receitas do Estado. Pois ainda bem.

Obrigaria assim à eliminação das despesas supérfluas, daquilo a que Passos Coelho em campanha designou de “gorduras do Estado”, e também à supressão das despesas dos sectores intermédios, enfim a implementar ideias que já estão quase tão esquecidas como o conselho de ministros informal do último mês de Dezembro.