13 jun, 2011 • Paulo Morais
Penso que esta informação não espantará todos quantos nos ouvem, pois de cada vez que vamos a um restaurante perguntam-nos se queremos factura, ou quando levamos o carro à garagem, apresentam-nos um orçamento com IVA e outro sem IVA.
Em tempo de ruptura das contas públicas, o novo governo deve estar muito atento a estes números. Pois bastaria que nos aproximássemos da média europeia para que se arrecadassem mais cerca de três mil milhões de euros por ano em impostos. Seria, aliás, o resultado da aplicação duma taxa média de 20%, a incidir sobre os doze por cento de PIB recuperados.
Qual a forma para atingir este acréscimo nas receitas? Eventualmente reduzir a taxa de imposto, pois com taxas mais baixas talvez se reduzisse a fuga ao fisco. Deveriam ainda ser introduzidos, complementarmente, mecanismos de simplificação fiscal.
Deixo pois votos para que o futuro governo não caia nos erros dos seus antecessores e tente resolver os problemas de falta de verbas com a receita de sempre: o aumento de impostos. Até porque essa fórmula já foi tentada, com os resultados que todos conhecemos.