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Opinião

Venha pois o FMI e depressa

04 abr, 2011 • Paulo Morais

Os gestores da coisa pública andaram preocupados apenas em enriquecer os amigos.

Nos últimos anos, a gestão das finanças públicas foi ruinosa. Os governantes têm-se entretido a derreter o dinheiro dos nossos impostos em obras megalómanas e inúteis, a distribuir benesses, negócios, favores e “tachos”.

Mas nos tempos mais recentes, então, assistimos ao descalabro. Os gestores da coisa pública andaram preocupados apenas em enriquecer os amigos. Garantem, à custa do orçamento, rentabilidades de 14% aos construtores de auto estradas e até cometem a loucura de dar a ganhar aos financiadores da dívida do estado português margens de três e quatro por cento para além do que seria necessário pagar.

A solução do problema seria até fácil. Resolve-se a questão das finanças públicas portuguesas pura e simplesmente deixando de fazer tanto disparate e deixando de roubar tanto.

Mas como parece que, para já, não há vontade, venha então alguém de fora que nos salve destes loucos e incompetentes. Venha pois o FMI e depressa. A sua vinda teria de imediato três vantagens.

O FMI faria uma auditoria às contas públicas e ficaríamos a saber qual a verdadeira dimensão deste descalabro.

Em segundo lugar, o FMI acabaria de imediato com os verdadeiros desfalques que se estão a cometer.

E por último, o financiamento público passaria a custar menos de metade e assim os portugueses teriam de fazer menos sacrifícios. Não serão estas razões bastantes?