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Francisco Sarsfield Cabral

Vigilância contra o terror

24 ago, 2015 • Francisco Sarsfield Cabral

Será possível tomar medidas que impeçam todos os actos terroristas, nomeadamente os do tipo do que aconteceu durante o fim-de-semana num TGV?

O Presidente francês, François Hollande, recebe hoje os três passageiros americanos e um britânico que evitaram um massacre no comboio de alta velocidade entre Amesterdão e Paris.

Três são militares americanos, cuja coragem e eficácia foram já louvadas pelo Presidente Obama. Com razão, pois esses militares em férias deram sinais de serem excelentemente treinados.

Tudo indica que um jovem marroquino, referenciado como perigoso pelas polícias de Espanha, Bélgica e França, e agora preso, teria assassinado muita gente, não fosse a intervenção heróica daqueles passageiros. Mas será possível tomar medidas que impeçam actos terroristas deste tipo?

Não é viável adoptar para cada comboio as medidas preventivas em curso nos aeroportos. Teríamos, então, que estender essa segurança a autocarros, eléctricos, ao metro... Mais: a todos os lugares públicos. Impossível.

Importa, sim, reforçar a vigilância das populações e, sobretudo, dos serviços secretos – incluindo escutas telefónicas e intercepções de “e-mails”, desde que autorizadas por um juiz. E nunca ceder ao terror, entrando em pânico.