Quase se pode dizer que compensaria ao Estado português pagar para se livrar de 61% do capital da TAP.
Escândalo: o Governo vendeu a TAP por apenas 10 milhões de euros, menos do que custa a transferência de um jogador de futebol de mediana qualidade!
Afirmações deste género, feitas esta semana, revelam o grau de inconsciência de destacados opositores da privatização da maioria do capital da TAP. Esta empresa tem dívidas que atingem quase 1,5 mil milhões de euros – até se pode dizer que compensaria o Estado português pagar para se livrar de 61% do seu capital, que é largamente negativo.
Por outro lado, porque terá desaparecido a Sabena e a KLM se terá juntado à Air France (para referir companhias de países de pequena dimensão, Bélgica e Holanda)?
Porque as companhias de bandeira estão hoje apertadas numa tenaz: de um lado, as “low cost”, que ganham cada vez mais quota de mercado; do outro, o espectacular sucesso de companhias baseadas no Médio Oriente (como a Emirates) e na Turquia, graças ao seu posicionamento geográfico no tráfego América/Ásia/África.
Não TAPem os olhos à realidade. A TAP já não tem os mercados protegidos das colónias…