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Francisco Sarsfield Cabral

Distinção merecida

25 jun, 2015 • Francisco Sarsfield Cabral

Antes do 25 de Abril, o advogado Jorge Sampaio defendeu corajosamente presos políticos em tribunal. Depois de ser Presidente da República, empenhou-se em causas e, por iniciativa pessoal, lançou um programa de ajuda a estudantes sírios.

A ONU criou em 2014 um prémio, a atribuir de cinco em cinco anos a pessoas que se tenham distinguido pela sua dedicação em prol da humanidade. É o prémio Nelson Mandela, atribuída pela primeira vez a Jorge Sampaio, juntamente a uma oftalmologista da Namíbia.

O facto de ter sido colega de Jorge Sampaio na Faculdade de Direito de Lisboa e de então para cá havermos mantido uma sólida amizade não me tira legitimidade para considerar este prémio uma honra para Portugal e algo inteiramente merecido.

Antes do 25 de Abril, o advogado Jorge Sampaio defendeu corajosamente presos políticos em tribunal. E depois de completar dois mandatos como Presidente da República empenhou-se em causas, como dirigir a Aliança das Civilizações e ser enviado especial do secretário-geral da ONU para a Luta contra a Tuberculose.

Mais: por iniciativa pessoal, lançou um programa de ajuda a estudantes sírios, de modo a que muitos tivessem possibilidade de completar estudos superiores fora do seu país, destruído pela guerra.

Jorge Sampaio é um homem preocupado com os que sofrem. Não há muitos.