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Francisco Sarsfield Cabral

O “Estado Islâmico” avança

25 mai, 2015

Nunca a situação no Médio Oriente esteve tão complicada como agora – e, desta vez, não é culpa de Israel.

Nos últimos dias o chamado Estado Islâmico (EI) conquistou duas cidades importantes: Ramadi, no Iraque, e Palmira, na Síria. Caiu por terra a ideia de que o EI estava a perder força. Os “jihadistas” controlam mais de metade da Síria e perto de metade do Iraque, onde estão a menos de 200 quilómetros de Bagdad. Significa isto que os ataques aéreos liderados pelos americanos (incluindo com “drones”) não chegam para derrotar, nem sequer para conter, o EI. São precisas mais tropas no terreno.

Estão lá, além de forças militares iraquianas pouco treinadas e com dificuldades em actuar em zonas sunitas (Washington criticou o seu fraco empenhamento), milícias xiitas. Mas estas não têm boa relação com outras forças que combatem o EI, a começar pelos militares dos EUA.

Entretanto, a Arábia Saudita e outras monarquias sunitas do Golfo receiam a acrescida importância do xiita Irão na luta contra o EI e o possível acordo de Teerão com os EUA e outros países sobre o nuclear iraniano. Nunca a situação no Médio Oriente esteve tão complicada como agora – e, desta vez, não é culpa de Israel.