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Francisco Sarsfield Cabral

Sangue novo na gestão

18 mar, 2015 • Francisco Sarsfield Cabral

A média de idade dos administradores de várias empresas cotadas na Bolsa passou de 64 para 57 anos.

Nos últimos três anos, 14 empresas do PSI 20 mudaram de líderes, noticiava há dias o “Diário Económico”. Onze dos substituídos eram executivos de topo. O desgaste da crise terá acelerado estas mudanças, que baixaram a média de idade dos administradores destas empresas cotadas na Bolsa de 64 para 57 anos.

Em princípio, sangue novo pode melhorar a gestão empresarial. É certamente o que aconteceu em muitas pequenas e médias empresas que, tendo a procura no mercado interno diminuído com a austeridade, nos últimos anos se viraram com sucesso para a exportação.

Não conheço dados factuais sobre esta questão, mas é plausível que a resiliência de boa parte do tecido empresarial português tenha resultado de ter passado a ser gerida por gente mais nova e com melhor formação do que os pais e avós que antes administraram muitas das empresas.

Um exemplo: o ministro Poiares Maduro referiu o caso de uma salsicharia perto de Bragança que hoje exporta para todo o mundo. Uma empresa fundada pelos avós dos actuais gestores, que a souberam modernizar e internacionalizar.