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Francisco Sarsfield Cabral

Algum alívio no endividamento

13 fev, 2015

No alto endividamento das famílias e sobretudo das empresas os banqueiros tiveram a sua quota de responsabilidade, ao concederem crédito de maneira imprudente. Com a crise mudaram e passaram a ser mais cuidadosos e exigentes.

Caixa Geral de Depósitos, BPI e BCP tiveram prejuízos em 2014, embora menores do que no ano anterior (o Banco Novo não existia há um ano, mas o BES também deveria ter prejuízo e grande, se ainda funcionasse). Como reconheceu o presidente da CGD, houve na banca excessiva tomada de riscos no passado. A excepção foi o Santander-Totta, que teve lucros.

No alto endividamento das famílias e sobretudo das empresas os banqueiros tiveram a sua quota de responsabilidade, ao concederem crédito de maneira imprudente. Com a crise mudaram e passaram a ser mais cuidadosos e exigentes.

Já se notam melhorias no crédito malparado. Em Outubro-Dezembro de 2014 mais de 8 mil famílias deixaram de ter créditos em situação irregular, o melhor número dos últimos sete anos.

Quanto às empresas, perto de 1.300 saíram do incumprimento no último trimestre do ano passado, o número mais elevado desde 2007. Cerca de 652 mil famílias ainda estão em falta num total de 6,4 mil milhões de euros. E as empresas ainda têm mais de 13 mil milhões em incumprimento. Mas alguma coisa se avançou.