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Francisco Sarsfield Cabral

Grécia: sair da NATO e do euro?

30 jan, 2015

Agora no governo, o Syriza continua pró-russo e pró-Putin (tal como Marine Le Pen…). Estamos conversados quanto ao ideal democrático desta amálgama de partidos de extrema-esquerda.

Antes de quaisquer negociações com a troika, com a qual falta fechar o programa de ajustamento, o novo governo grego tomou medidas que aumentam a despesa pública e travam as privatizações. Apresentar factos consumados não é um sinal de disponibilidade de Atenas para dialogar com a UE.

Mas o primeiro embate do governo de Tsipras com Bruxelas foi na política externa. O governo grego protestou contra a posição dos ministros dos Negócios Estrangeiros da UE, que levantaram a possibilidade de novas sanções à Rússia, face ao que se passa no Leste da Ucrânia.

Os deputados do Syriza no Parlamento Europeu já haviam tomado posições favoráveis à Rússia e contrárias à Ucrânia. Agora no governo, o Syriza continua pró-russo e pró-Putin (tal como Marine Le Pen…). Estamos conversados quanto ao ideal democrático desta amálgama de partidos de extrema-esquerda.

Em 2013 o manifesto do Syriza defendia a saída da Grécia do euro e da NATO, bem como o fecho da base naval americana em Creta. Depois recuou, para ganhar votos. Mas com as actuais posições parece, afinal, querer mesmo sair da NATO e do euro.