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Francisco Sarsfield Cabral

Relações EUA-China no congelador

11 nov, 2014 • Francisco Sarsfield Cabral

Nas relações com a China, Obama quase só pode mostrar um acordo para facilitar a entrada nos EUA de turistas, estudantes e homens de negócio chineses.

A visita de Obama à China pouco ou nada mudará. O Presidente americano já tinha ido a Pequim em melhor altura (quando não estava enfraquecido eleitoralmente, como hoje está) e os resultados foram então escassos.

A China quer tornar-se uma superpotência capaz de ombrear com os EUA. Vai aumentando consideravelmente as suas despesas militares, o que preocupa outros países asiáticos. Preocupa-os sobretudo porque têm perdido confiança na capacidade e na vontade americanas para se opor eficazmente a Pequim.

Entretanto, a China dá passos no sentido de se entender com os países vizinhos. O acordo para fornecimento em larga escala à China de gás natural da Rússia é um exemplo. Outro é o esforço chinês visando um acordo com o Japão quanto às disputas sobre águas territoriais e algumas ilhas desabitadas do Pacífico.

Nas relações com a China, Obama quase só pode mostrar um acordo para facilitar a entrada nos EUA de chineses (turistas, estudantes e homens de negócio). É curto. Mas no futuro próximo, pelo menos, as relações sino-americanas não avançarão muito mais.