Mais empregos

Segundo ontem divulgou o INE, a taxa de desemprego em Portugal baixou para 13,1% da população em idade activa no terceiro trimestre deste ano, uma descida de 0,8 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior.

Como sempre, discutiram-se muito estes números. Há quem não acredite neles (Bloco de Esquerda). Outros apontam a emigração, ou a multiplicação de estágios para jovens, factores que retiram gente da lista de desempregados.

Importa, porém, reparar nos números do emprego. A população empregada aumentou em 51 mil pessoas entre o segundo e o terceiro trimestre deste ano. Por factores sazonais? Alguma coisa, com certeza. Mas na comparação homóloga (com o terceiro trimestre de 2013), onde já não interfere a sazonalidade, a população empregada subiu 2,1%. Diz o INE que esse crescimento do emprego ocorreu essencialmente no segmento entre os 45 e 64 anos, pessoas a quem não são oferecidos estágios.

Boas notícias, portanto. Mas o desemprego só cairá substancialmente quando o investimento empresarial recuperar a sério. Terá começado essa recuperação? É uma esperança.