A ciência, o pensamento racional, não pode provar a existência ou a inexistência de Deus. A ciência e a fé (ou o ateísmo) estão em planos diferentes.
O célebre físico Stephen Hawking disse há dias que a ideia de Deus já não é necessária, porque a ciência tem uma explicação mais convincente para a criação do mundo. “Não há nenhum Deus. Sou ateu”, acrescentou.
Esta posição lembra o cientismo de há cem anos, quando muitos pensavam que a ciência iria gradualmente descobrir todos os mistérios da vida, dispensando Deus. Entretanto, a ciência avançou prodigiosamente, mas não disse, nem jamais dirá, por que existe o mundo e não coisa nenhuma. E a fé em Deus não serve para “tapar os buracos” do conhecimento humano – situa-se noutra esfera.
A ciência, o pensamento racional, não pode provar a existência ou a inexistência de Deus. A ciência e a fé (ou o ateísmo) estão em planos diferentes. É certo que a Igreja, no passado, quis intervir na ciência, com base numa leitura literal da Bíblia (lembremos o caso Galileu). Ainda hoje muitos protestantes fundamentalistas nos EUA rejeitam o evolucionismo de Darwin, com o qual o catolicismo convive agora sem problemas.
Não se confundam fé e ciência, regressando a polémicas ultrapassadas.