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Francisco Sarsfield Cabral

O mistério PT

13 ago, 2014

Os hábitos “magestáticos” da PT parecem manter-se na enorme opacidade quanto ao que se passou com a Oi e no próprio empréstimo à empresa do grupo Espírito Santo.

Um comunicado da empresa brasileira Oi, com a qual a Portugal Telecom está em processo de fusão, veio desmentir e-mails publicados pelo Expresso, segundo os quais os dirigentes da Oi, e em particular Zeinal Bava, desconheciam o empréstimo da PT à insolvente Rioforte, do grupo Espírito Santo.

Por outro lado, Henrique Granadeiro demitiu-se de presidente da PT, mas insinuando que outros que não ele, ou não apenas ele, terão sido responsáveis por esse crédito ruinoso. Ruinoso, até, porque diminuiu o peso da PT na empresa resultante da fusão com a Oi.

Durante muitos anos, a PT deteve praticamente o monopólio de boa parte do mercado de telecomunicações em Portugal. Monopólio que começou a ser desmantelado na sequência da falhada OPA da Sonae sobre a PT. Surgiu então a Zon a concorrer com a PT.

Mas os hábitos “magestáticos” da PT parecem manter-se na enorme opacidade quanto ao que se passou com a Oi e no próprio empréstimo à empresa do grupo Espírito Santo. Ora a PT não apenas é, ou era, uma importante empresa portuguesa, como está cotada na Bolsa de Lisboa. A opacidade não pode continuar.