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Francisco Sarsfield Cabral

A coragem dos bispos da Venezuela

11 jul, 2014

O regime semi-ditatorial de Maduro exerce uma dura repressão política, coarctando as liberdades. E a oposição não oferece uma alternativa credível ao “chavismo sem Chavez”.

É possível que num dos países do mundo mais ricos em petróleo faltem bens essenciais, nomeadamente alimentos, haja mais de nove milhões de pessoas em estado de extrema pobreza e a inflação seja altíssima? Pois é o que se passa na Venezuela.

E não é só isso. O regime semi-ditatorial de Maduro, sucessor de Hugo Chavez, exerce uma dura repressão política, coarctando as liberdades. E a oposição encontra-se desunida e por isso incapaz de oferecer uma alternativa credível ao “chavismo sem Chavez”.

Contra esta situação ergueu a voz o presidente da Conferência Episcopal da Venezuela. “Os reiterados anúncios de tentativas de assassinato (de Maduro) e de golpe de Estado têm pouca credibilidade e servem apenas para justificar as perseguições políticas”, afirmou o bispo D. Diego Padrón.

A Igreja não faz política. Mas não pode calar-se perante claras violações dos direitos humanos, como é tragicamente o caso da Venezuela.

Saúde-se a coragem dos bispos venezuelanos, críticos de um regime pseudo-socialista que tanto atrai alguns intelectuais europeus.