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Francisco Sarsfield Cabral

Um erro trágico

20 jun, 2014 • Francisco Sarsfield Cabral

Depois de os radicais islâmicos sunitas terem atacado a maior refinaria do Iraque, o Presidente Obama hesita em atacar os rebeldes. A invasão do país em, 2003 foi um erro. A convicção é geral, embora ainda haja quem tarde a reconhecê-lo.

“Missão cumprida”, proclamou a bordo de um porta-aviões o então presidente George W. Bush em Maio de 2003, referindo-se à invasão do Iraque. Hoje é convicção geral que essa invasão foi um erro trágico.

O semanário “The Economis”t, que apoiou a invasão, honestamente reconhece agora que se enganou. O mesmo não se pode dizer de Dick Cheney, vice-presidente de Bush, que culpa Obama pela actual tragédia na Síria e no Iraque. E também vários comentadores que, entre nós, se entusiasmaram com a atitude bélica dos neoconservadores americanos que rodeavam Bush, tardam a reconhecer abertamente o engano.

Depois de os radicais islâmicos sunitas terem atacado a maior refinaria do Iraque, Maliki, Presidente do Iraque, apelou a ataques aéreos americanos contra os rebeldes.

O facciosismo do xiita Maliki tem muitas culpas na situação a que se chegou. Todo o Médio Oriente pode ser envolvido numa guerra religiosa entre sunitas e xiitas.

Entretanto, Obama hesita. Os militares do Pentágono aconselham prudência. E a opinião pública dos EUA quer tudo menos envolver-se em nova guerra no exterior.